Para sempre Gorceix

Se estivesse vivo, Claude Henri Gorceix, criador da Escola de Minas e patrono da Fundação GORCEIX, estaria comemorando hoje 169 anos.

Se estivesse vivo, Claude Henri Gorceix, criador da Escola de Minas e patrono da Fundação GORCEIX, estaria comemorando hoje 169 anos. Filho de proprietários rurais, nasceu em 19 de outubro de 1842 em Saint-Denis des Murs, na França. 

Licenciou-se em ciências físicas e matemática na Escola Normal Superior de Paris, onde mais tarde se tornou professor. Foi nomeado agregé-préparateur de geologia e mineralogia na Escola Normal, entrando para a Academia de Ciências.

Em 1874 recebeu um convite de D. Pedro II para organizar no Rio de Janeiro o ensino da mineralogia e da geologia. A indicação veio de Auguste Daubrée, que por ter acabado de tomar posse no cargo de Diretor da Escola de Minas de Paris não pode assumir tal tarefa, tendo enviado uma pessoa de sua confiança.

O “jovem sábio”, assim chamado por Auguste Daubrée, começou a organizar um laboratório de mineralogia e geologia, contando com a ajuda de Archias Eurípedes da Rocha Machado.

No fim de 1874, Gorceix veio a Ouro Preto, a fim de escolher onde seria instalada uma Escola de Minas. Para montar seu projeto ele seguiu dois modelos, o da Escola de Minas de Paris e da Escola de Minas de Saint-Étiene, optando pelo segundo, que se encaixava melhor às circunstâncias brasileiras, com resultados mais rápidos e formando engenheiros num curto período de tempo. Para isso, a nova Escola de Minas contaria com professores e alunos, em tempo integral, com aulas inclusive aos sábados e domingos. Um dos pontos mais importantes no projeto da Escola de Minas era a concessão de bolsas para os estudantes menos favorecidos e prêmios para os destacados.

Com o projeto entregue ao ministro do Império, José Bento da Cunha Figueiredo, em novembro de 1875 foi assinado o decreto de criação da Escola de Minas de Ouro Preto,  inaugurada  em 12 de outubro de 1876.

Henri Gorceix voltou para a França em 1891, retornando ao Brasil em 1896 a convite do Governador de Minas Gerais, para organizar o ensino agrícola no Estado.

Faleceu em 1919, em seu país, e em 1970 seus restos mortais foram trazidos para Ouro Preto, e mantidos em uma urna lacrada no Mausoléu do Gorceix, no prédio da Escola de Minas da praça Tiradentes.