Desde o dia 30 de outubro a Escola de Minas/UFOP (EM) está sob nova direção para o quadriênio 2021/2025, tendo como diretor o professor José Alberto Naves Cocota Júnior e vice, professor Cláudio Eduardo Lana.
E não são poucas as dificuldades a serem vencidas, segundo o diretor prof. Cocota. Apesar disso, a diretoria está otimista, focando nas soluções. “Vivemos tempos difíceis na administração pública, em todos os seus níveis, e isto requer um misto de experiência, energia, criatividade e respeito ao diferente. São muitos os desafios, mas vamos encontrar alternativas para resolvê-los”.
Entre esses desafios, o prof. Cláudio Lana cita a implantação do novo regimento interno da EM, pois muda a composição do antigo Conselho Departamental e toda a estrutura administrativa. O vice-diretor observa que, “ a mudança foi um ganho para a comunidade acadêmica, pois prevê representação dos docentes, técnicos, alunos e dos ex-alunos, com direito a voto aos representantes das três primeiras classes.A questão orçamentária, diante do atual cenário econômico do país, é outra situação complicada para os próximos anos, segundo a o diretor. Parcerias junto à iniciativa privada, como por exemplo o ITV (Instituto Tecnológico da Vale) é uma das alternativas previstas.
Recuperação dos imóveis e a parte acadêmica
Uma das preocupações da diretoria é com a recuperação das edificações, pois grande parte delas, do Centro Histórico e do Campus do Cruzeiro, está com problemas de infiltração, entre outros. A ideia é trabalhar e criar um plano de manutenção predial, melhorar a acessibilidade e procurar parcerias externas para realizar as reformas necessárias.
Um cuidado especial que a diretoria terá é com a recepção dos novos alunos, comenta o prof. Cocota. “Pretendemos fazer a acolhida dos calouros e seus familiares no prédio antigo da Escola de Minas, para resgatar a valorização da nossa história junto aos alunos, estimulando o sentimento de pertencimento à comunidade emopiana. E esta ação será também estendida aos novos servidores, para que conheçam, se identifiquem se sintam parte da Escola”.
É também uma das metas a realização de convênios de estágios que promovam a realização de atividades em empresas privadas e na Escola, para o desenvolvimento de pesquisas e de trabalhos de conclusão de curso.
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A Escola e a comunidade externa
Uma das propostas é a criação de projetos extensionistas e interdisciplinares voltados para a comunidade de Ouro Preto, mas antes, disso é preciso, de acordo com o diretor, resolver a viabilidade financeira. “Estamos estudando uma forma de financiamento, pois qualquer ação externa implica em gastos, como por exemplo, o transporte dos alunos para as atividades programadas”.
Dentro desta ideia está ainda o aproveitamento de espaços da EM do Centro de Ouro Preto para as atividades extensionistas, ampliando o contato da comunidade acadêmica com a população.
Melhoria da comunicação
“Estamos estudando o aperfeiçoamento dos canais de comunicação da Escola de Minas com a comunidade interna e os ex-alunos, por meio das redes sociais e com reformulação de nosso site, além da edição de uma revista anual de informação, opinião e divulgação de ações e temas universitários” explica prof. Cocota.
Comissão Permanente de Equidade, Diversidade e Inclusão
Uma Comissão Permanente de Equidade, Diversidade e Inclusão foi criada recentemente, pois é preocupação da diretoria a intolerância à diversidade, que ainda persiste de forma estrutural não apenas na Escola de Minas, mas no mundo atualmente.
Palestras e encontros, focados na inclusão e respeito à diversidade, integrarão as ações de combate ao racismo, à homofobia, ao assédio sexual e ao machismo.
A Escola de Minas e a Fundação Gorceix
A Fundação Gorceix tem um importante papel no desenvolvimento acadêmico dos alunos por ela assistidos e no crescimento da qualidade do ensino da Escola de Minas, observa prof. Cocota Junior. Por isso, ele diz que “é importante estreitar os laços entre a Gorceix e a Escola de Minas. Já é histórica a assistência da instituição ao aluno carente, possibilitando que ele se mantenha em Ouro Preto com mais tranquilidade para se dedicar ao estudo. Além disso, seu apoio à infraestrutura da Escola é fundamental.
Cláudio lembrou que fez curso de inglês pela Gorceix e que isso foi um diferencial na sua formação. Esse tipo de apoio é fundamental no desenvolvimento de competência por nossos estudantes.
Quem é o prof. José Alberto Naves Cocota Júnior
Graduado em Engenharia de Controle e Automação pela Escola de Minas (2005), doutor em Engenharia de Materiais pela Rede Temática em
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Engenharia de Materiais – REDEMAT da UFOP-UEMG (2017). Foi consultor ad hoc da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) na área de habitação pelo Ministério das Cidades no período de 2009 a 2011.
Atualmente, leciona no Departamento de Engenharia de Controle e Automação – DECAT e no programa de pós-graduação Profissional em Instrumentação, Controle e Automação de Processos de Mineração – PROFICAM.
Foi coordenador do curso de Engenharia de Controle e Automação (2013-2015) da EM, da Seção de Integração Escola Empresa – SIEE (2018-2019) e chefe do DECAT (2018-2021).
Quem é o prof. Cláudio Eduardo Lana
Graduado em Engenharia Geológica pela Escola de Minas (2002), é Mestre e Doutor em Ciências Naturais pelo Programa de Pós-Graduação em
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Evolução Crustal e Recursos Naturais – PPG-ECRN (2004 e 2010).
Em 2012, tornou-se professor do DEGEO – UFOP (Departamento de Engenharia Geológica). Foi integrante do Colegiado de Graduação, da Comissão de Graduação (atual NDE) e do PPG-ECRN.
Ocupou os cargos de Pró-Reitor de Planejamento e participou da fundação da Rede Alumni Escola de Minas. Como representante dos docentes do DEGEO junto ao Conselho Departamental (CDEM), compôs a Comissão Especial para Revisão dos Regimentos Internos da Escola e do próprio CDEM.
Atualmente é tutor da Empresa Júnior de Engenharia Geológica, membro da comissão de Estágios do DEGEO, orientador e co-orientador de estudantes de graduação, mestrado e doutorado em projetos de pesquisa e extensão.